Uma Escritora em Nossa Escola.

  No dia 31 de maio, a escritora Ronize Aline, autora do livro “O Dono da Lua” esteve presente na Escola Municipal Morro dos Telégrafos para apresentar seu trabalho a todos os estudantes da mesma, através de rodas de contação de história.

Ronize, é Graduada em Comunicação Social, com Habilitação em Jornalismo, fez mestrado em Relações Internacionais pela PUC-Rio. Atualmente realiza seus estudos de doutoramento na COPPE/UFRJ, no Programa de Engenharia de Sistemas e Computação, linha de Informática e Sociedade. Sua pesquisa está centrada na informatização da mídia no Brasil e o papel que o jornalista desempenha nesse ambiente, além de escritora de livros infantis.

A escola já estava à espera dela e por isso, organizou um cronograma de contação, incluindo duas turmas a cada meia hora. Os alunos ficaram super empolgados com Nick e seu desejo por devolver a lua ao seu lugar.

Ronize Aline levou os personagens da história - Nick, seu Selênio, Noturno e a Lua - feitos em feltro - para tornar a vivência mais real; o que encantou ainda mais os estudantes, além de deixar um exemplar do livro autografado para a escola.

Abaixo, segue a sinopse da história:

“À primeira vista, Nick é um menino como todos os outros. Detesta os legumes que os outros garotos também odeiam, e adora as mesmas brincadeiras das quais as outras crianças também gostam. Mas, chegando um pouco mais perto, vê-se que ele é especial. Muito mais do que curioso, ele é um menino que enxerga coisas que ninguém vê; que descobre coisas que ninguém descobre; e que adora passar horas debruçado sob a janela, vidrado nos segredos do céu. Por isso só ele consegue reparar, numa noite, que a Lua simplesmente desapareceu.”       extraído de O Dono da Lua

Após o final da contação para todas as turmas a autora, a diretora Simone Barcellos e a coordenadora pedagógica Sônia Carvalho tiveram um bate-papo bastante interessante sobre o mercado literário infantil, interesse das crianças e possíveis novas visitas a unidade escolar para divulgação dos trabalhados vindouros.

Agradecemos a parceira Ronize pela disponibilidade em ir até a Escola Municipal Morro dos Telégrafos, deslocando-se por conta própria, e a passar uma agradável e mágica tarde conosco, em busca da promoção do encantamento de ler e ouvir histórias e de estar em contato com o mundo dos livros.

A Primeira Visita a uma Biblioteca.

No dia 18 de maio, na parte da tarde, os estudantes da turma 10 da Escola Municipal Morro dos Telégrafos tiveram uma experiência fantástica: alimentando a Trilha Educativa “Pequenos Ouvintes, Futuros Leitores” eles tiveram uma aula passeio à Casa da Leitura para visitar e ter contato com uma Biblioteca Infantil pela primeira vez.

                                                      

Como a Casa da Leitura é situada em Laranjeiras, o passeio foi feito com o ônibus cedido pela 1ª CRE e alguns responsáveis nos acompanharam. Chegando por lá, a Maria Luiza - coordenadora responsável pelo atendimento às escolas - já estava à espera por conta dos contatos iniciados a cerca de um mês antes, pelo Bairro Educador, com a apresentação da Trilha Educativa referida anteriormente para a mesma.

 Os estudantes desfrutaram de dois momentos distintos: visita a Biblioteca Infantil, com momento para descobrir e curtir o espaço e os livros e a participação na roda de contação de história realizada pelo Augusto Pessôa com o tema “Contos de Encantamento”.

 A Escola Municipal Morro dos Telégrafos chegou antes da outra escola que estava marcada para acompanhar o evento, por isso, a atividade inicial foi a exploração do ambiente da Biblioteca. Em seguida, o referido contador de histórias realizou sua atividade com ambos os grupos. A turma 10 conheceu ainda, todo o espaço físico da Casa da Leitura e lancharam no terraço da mesma.

Por fim, a Maria Luíza nos presenteou com mais um momento de contato com o mundo dos contos e das histórias – uma contadora da própria instituição fez uma construção coletiva de história que tinha como personagens um menino e um gatinho. A mesma iniciou a narrativa e os estudantes desenvolveram-na até o final.

 Agradecemos a 1ª CRE pelo auxílio com o transporte e a Casa da Leitura pelo convite para o evento, além da atenção e cuidado dispensados para conosco. Estamos no aguardo ansioso pelas próximas oportunidades de visita.

Uma Índia na Escola. 

 

No dia 18 de abril, os alunos da Escola Municipal Morro dos Telégrafos receberam uma visita surpresa. Em comemoração ao Dia do Índio, que ocorreu um dia antes na unidade escolar, houve a visita de uma índia da tribo Guarani para fazer contação de histórias de seu povo.   

Toda a semana foi dedicada ao tema e como o trabalho que vem sendo desenvolvido aborda o incentivo a leitura através da contação de histórias, nada melhor do que embarcar numa viagem pelo mundo indígena através do contato com uma.

           

A unidade escolar montou uma exposição com vários instrumentos, desenhos e maquetes sobre os índios para receber Melissa; a mesma, também trouxe utensílios comuns à vida na tribo, o que enriqueceu ainda mais o dia de atividades, uma vez que, ocorreu o contato das crianças com os mesmos.

Melissa cantou músicas indígenas em vários momentos e usou dois mascotes para contar as histórias do dia. A primeira foi contada por Caá, que em tupi significa mato ou floresta e a segunda por Erva Doce, seu amiguinho que recebeu esse nome por ser muito calmo.

Caá contou como acontecem coisas misteriosas na floresta. Para mostrar a todos como são perigosas as "visagens" que acontecem em meio à mata, ele relatou a experiência que viveu uma vez quando foi caçar com sete amigos. Com isso, os estudantes puderam conhecer algumas palavras típicas da língua tupi-guarani como: “arassary” (tipo de tucano), “araúna” (ave preta), “guaraetá” (árvore) e “Tupã” (Deus – espírito da Floresta).

Erva Doce contou a todos a história de Tarumã, índio que queria ter uma irmã e por isso, imaginava como seria se ela já tivesse nascido. Um dia porém Tarumã decidiu dizer a todos que ele realmente tinha uma irmãzinha e por isso, fazia tudo em dobro. Quando ele e seus amigos foram pescar, por exemplo, ele trouxe dois peixes, um para ele e outro para sua irmã.

Os outros índios decidiram então visitar a oca de Tarumã para conhecer a nova integrante da tribo, mas Tarumã não os recebia e ele foram embora. Quando se reviram Tarumã tratou logo de contar a eles que não o haviam recebido por que, enquanto sua irmã dormia, várias formigas entraram na oca e levaram a esteira na qual ela estava.

Todos descobriram que era mentira de Tarumã, o que fez com que ele ficasse muito envergonhado. Por conta disso, ele fugiu da tribo e foi em direção ao mar. Como era a primeira vez que ele via o mar e estava muito envergonhado, querendo sumir em meio aquelas águas, começou a se esticar todo.

Os deuses por saberem que ele queria muito uma irmã perdoaram sua mentira e transformaram-no em um gigante, para que nunca mais tivesse vontade de sumir. E hoje, a estrela que brilha na cabeça do gigante Tarumã é a irmã que ele sempre quis ter.

Como a Escola Municipal Morro dos Telégrafos funciona agora em dois turnos, a atividade ocorreu pela manhã e se repetiu a tarde, contemplando a todos os estudantes. Estes ficaram entusiasmados com as histórias contadas e encantados com a presença de uma índia de verdade.

No geral, foi um dia de muito aprendizado sobre os costumes e tradições indígenas, afinal não é todo dia que uma índia nos ensina suas histórias e seu vocabulário. 

Deixamos nossos agradecimentos à Melissa pela vinda a U.E. e pela participação em nosso Planejamento Pedagógico Anual e na Trilha Educativa “Pequenos Ouvintes, Futuros Leitores”; bem como, a Aldeia Maracanã, local onde a conhecemos e que nos recebeu de braços super abertos para a parceria.