Uma Índia na Escola.
A unidade escolar montou uma exposição com vários instrumentos, desenhos e maquetes sobre os índios para receber Melissa; a mesma, também trouxe utensílios comuns à vida na tribo, o que enriqueceu ainda mais o dia de atividades, uma vez que, ocorreu o contato das crianças com os mesmos.
Melissa cantou músicas indígenas em vários momentos e usou dois mascotes para contar as histórias do dia. A primeira foi contada por Caá, que em tupi significa mato ou floresta e a segunda por Erva Doce, seu amiguinho que recebeu esse nome por ser muito calmo.
Caá contou como acontecem coisas misteriosas na floresta. Para mostrar a todos como são perigosas as "visagens" que acontecem em meio à mata, ele relatou a experiência que viveu uma vez quando foi caçar com sete amigos. Com isso, os estudantes puderam conhecer algumas palavras típicas da língua tupi-guarani como: “arassary” (tipo de tucano), “araúna” (ave preta), “guaraetá” (árvore) e “Tupã” (Deus – espírito da Floresta).
Erva Doce contou a todos a história de Tarumã, índio que queria ter uma irmã e por isso, imaginava como seria se ela já tivesse nascido. Um dia porém Tarumã decidiu dizer a todos que ele realmente tinha uma irmãzinha e por isso, fazia tudo em dobro. Quando ele e seus amigos foram pescar, por exemplo, ele trouxe dois peixes, um para ele e outro para sua irmã.
Os outros índios decidiram então visitar a oca de Tarumã para conhecer a nova integrante da tribo, mas Tarumã não os recebia e ele foram embora. Quando se reviram Tarumã tratou logo de contar a eles que não o haviam recebido por que, enquanto sua irmã dormia, várias formigas entraram na oca e levaram a esteira na qual ela estava.
Todos descobriram que era mentira de Tarumã, o que fez com que ele ficasse muito envergonhado. Por conta disso, ele fugiu da tribo e foi em direção ao mar. Como era a primeira vez que ele via o mar e estava muito envergonhado, querendo sumir em meio aquelas águas, começou a se esticar todo.
Os deuses por saberem que ele queria muito uma irmã perdoaram sua mentira e transformaram-no em um gigante, para que nunca mais tivesse vontade de sumir. E hoje, a estrela que brilha na cabeça do gigante Tarumã é a irmã que ele sempre quis ter.
Como a Escola Municipal Morro dos Telégrafos funciona agora em dois turnos, a atividade ocorreu pela manhã e se repetiu a tarde, contemplando a todos os estudantes. Estes ficaram entusiasmados com as histórias contadas e encantados com a presença de uma índia de verdade.
No geral, foi um dia de muito aprendizado sobre os costumes e tradições indígenas, afinal não é todo dia que uma índia nos ensina suas histórias e seu vocabulário.
Deixamos nossos agradecimentos à Melissa pela vinda a U.E. e pela participação em nosso Planejamento Pedagógico Anual e na Trilha Educativa “Pequenos Ouvintes, Futuros Leitores”; bem como, a Aldeia Maracanã, local onde a conhecemos e que nos recebeu de braços super abertos para a parceria.
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